Reencontro no espelho.

A sombra desespera ao rés da aurora

A hora já cansada rasga o tempo

O exemplo consagrado que contemplo

Que o vento traz poeira e varre as horas.

Embora queira paz e esquecimento,

O tormento voraz, reina e vigora;

A demora desmonta, o tempo aflora,

Quando agora há luz no firmamento.

O ser confronta a dor em outras eras,

Desespera e caminha noutro rumo,

Perde o prumo fugindo das Quimeras;

Que a espera é linha reta para o ermo

Pois o termo lavrado em tal consumo

Cujos rumos retornam a si mesmo.