Vida-dias

Através das vidraças,

Vejo os primeiros raios de sol,

E ouço dos pássaros, suas primeiras notas;

A água quente cai do chuveiro,

As luzes fracas do banheiro

Em meio ao vapor...

Brilhos de anjos,

A manhã é tranquila;

Solitária,

Apenas ouço minha voz ecoante em minha mente,

Procurando em meus próprios pensamentos,

Figuras de linguagem, fenômenos físicos e equações...

No ônibus,

Eterno silêncio,

Passageiros perdidos em problemas,

Em seus próprios mundos fechados

Cara de sono e resignação,

Em meio correria do dia-a-dia;

O trabalho a acumular-se;

A agenda sempre lotada;

O tempo curto,

As noites passam velozes,

Os dias casativos, repetitivos, monôtonos,

Em sete horas de estudo,

Pouco tempo pra mim;

Mais tempo com os outros do que com o amor,

Conversas em curtos intervalos;

Momentos perdidos,

A solidão a invadir;

Trzendo com ela a paz,

E suas frases feitas e prontas por toda a parte,

Nas bocas sem emoção,

Em placas, muros, pessoas,

Poemas inacabados;

O tempo que passou,

E jamais voltará,

A impessoalidade eterna

Em frase terna

Época de desgraças,

Época de vícios,

Época de momentos felizes,

Os momentos passam...

Eu aqui fico,

Sem ti.

Thaina Chamelet
Enviado por Thaina Chamelet em 12/09/2009
Código do texto: T1806919
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