QUANDO EU MORRER

QUANDO EU MORRER

Quando eu morrer, eu sei, ó que ironia!

Virá chorar-me quem me calunia.

Mas minh’alma bem longe da matéria,

Irá sorrir de tanta gente séria,

Externamente e só por falsidade,

Que não sabe que sei toda a verdade.

Mas a quem com amor hoje me trata,

Deixarei um poema que retrata

Minha eterna e sincera gratidão,

Que irá comigo pela imensidão.

E, muito além do azul do firmamento,

De repente estarei sem sofrimento.

Dirá a lua, cheia de tristeza:

-Quem é que cantará minha beleza?

E o velho mar, com sua voz ufana:

-Infelizmente, é curta a vida humana!

E a passarada, cheia de saudade,

Já não terá no canto a intensidade.

E as traças, talvez, (que covardia!)

Um banquete farão de poesia.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 13/09/2009
Código do texto: T1807282
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