Mudanças

MUDANÇAS

Hoje ao deixar o meu filho na escola me deparei com alguns

sentimentos e questionamentos, que geraram uma certa

angústia.

Observei que o ser humano, na mais tenra idade, vive em constantes mudanças e perdas.

Depara com o novo, um novo amigo, um novo espaço, um novo dia.

Meu filho está neste processo, saindo da zona de conforto, de uma escola na qual frequentava desde os 06 meses, com amigos desde então e hoje enfrenta o desafio de uma nova escola, novos amigos, nova professoara, autonomia de ir sozinho para a escola. ( detalhe meu filho tem três anos)

Isto me trouxe a tona que desde que nascemos isto ocorre, deixamos o útero da nossa mãe para adentrar numa floresta para conhecer o desconhecido, e que se formos desejados, amados, este trajeto poderá nos trazer alguns medos, mas a confiança de ter alguém nos ensinando fará isto ser menos traumático.

Ao nascermos temos que aprender a respirar, a sugar o leite materno para nos alimentar, quando antes a alimentação vinha através do cordão umbilical, meses depois temos que aprender a comer alimentos sólidos, e lá vamos nós aprender a gatinhar, andar, falar e aos poucos adquirimos autonomia para conquistar o nosso espaço neste mundo.

O relacionamento com nossa mãe que era tão estreito começa a ser espaçado e outras pessoas vem somar com nosso aprendizado.

Dizem que casamento é possibilidade de crescimento, mas a maternidade também é uma possibilidade de crescimento, revisão de valores, a possibilidade de resgatarmos a criança que existe dentro de nós, pois todos nós temos.

Essa criança pode até estar adormecida, mas se dermos a chance dela acordar, será o melhor presente que estaremos nos dando.

Não importa o que a vida fez conosco até hoje, mas sim o que faremos a partir de hoje.

Está em nossas mãos alimentarmos a alegria, a vivacidade ou alimentarmos a amargura e a tristeza.

Deus não nos fez para ficarmos cabisbaixos, como sua palavra diz: " No mundo tereis aflições, mas sede fortes, pois eu venci".

Vamos nos apossar das promessas do Pai, e nos deleitarmos em seus braços.

Raquel Fernandes

Raquel da Silva Fernandes
Enviado por Raquel da Silva Fernandes em 24/06/2006
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