Daqui para a eternidade

Daqui para a eternidade

Para o belo talvez sim

Vivemos como em uma incógnita.

Continuamos a caminhar

Vertendo caminhos que queremos

Transformando água em vinho

Como um fio de uma roca

Que acaba ficando só.

À noite nosso amor encerra

Poemas que não cabem não

Nas fronteiras sem estrelas.

Nessa travessia nossos sonhos

Não medem ânsias nem sons

Das infinitas lembranças

Essências tristes da infância

Da fome do que ficou.

Iára Pacini