TEMPOS ESCUROS

Ah, o meu coração...

Esse tem visto coisas

Que pensava ser da idade escura do homem,

Mas são de homens de hoje,

Por mais incrível que pareça,

São iguais aos homens dos livros de história...

Hoje aquilo que não se fala está consumado:

Dê a eles a carne

E querem o sangue para beber,

Dê-lhes nada:

Abra-lhes a cisterna,

Em vez de beber

Se afogarão,

É assim que acontece

Aos prisioneiros de suas mentes.

Do fio de tristeza,

O imponderável emerge:

Os olhos que sempre viram longe,

De repente ficaram cegos

Até que todos os inimigos se acercassem,

Ninguém para dizer que o tempo acabou,

Ninguém para mostrar outra seara ao plantador:

Será que valeu a pena?

A liberdade tem seus caminhos,

Estranhos são os caminhos para ela,

Mas são os caminhos para quem a merece...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 29/06/2006
Código do texto: T184750
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