Tua comida

Todo o frio por um caco de gelo

Seco, que faz a gente se enrolar num "edredon"

Pedindo abrigo a qualquer casaco

Mesmo sem frio ou calor, mesmo sem vida ou dom

Eu não disse que seria morno

Nunca te fiz promessas sem fim

Só disse que seria tua comida e teu gim

O prato e talher do teu almoço

Meio sem saída percebo:

Minha pele é queimada de gelo

Uma parte da orelha mordida

De talher parecem meus dedos

O ar me escapa dos tecidos

Meu sangue é todo gim

Não precisei de promessas

Sou e sempre serei seu fim.

(Pois se o amor é vida, a paixão é vital.)