UMA ROSA NO CHÃO
Uma rosa no chão despetalada,
Parecendo muitas vezes pisada,
Ali jazia morto o emblema do amor,
Que tinha sido, no passado, uma flor.
Assim também comigo aconteceu,
Saúde, vigor, amor próprio, tudo feneceu.
Hoje só me resta a ruína que trago:
A incerteza, o desamor, sou um trapo.
Quero reabilitar-me, mas não consigo,
Pois, para tanto, preciso contar contigo.
Vem, traze teu carinho, teu amor, tua ternura.
Só assim, no futuro, serei outra criatura.