JEQUIÉ, JEQUIÉ...
Jequié,
que já foi "Jipié" (Jeep é)
arrepiante espirro pós-rapé!
Que ainda é Jeqüé-qüé do amigo Bené...
que é Freire e é Sena,
mas, que jamais sai de cena.
Jequié, morada do sol, senhora de si,
ensimesmada em sustenidos e bemóis
"to be" more and more!...
Jequié, cidade das luzes
a primeira entre um rol
como raios de sol
a filtrarem-se entre nas nuvens...
Jequié, do Cine-Teatro Auditorium,
hoje, Palácio das Artes...
De cultura viva e sem bolodório
por ti, meu coração fez-se grátis...
Jequié de Luiza e Izam,
e de gente que sempre fui fã!
E Biina e Dircinho e de Gey...
Jequié da primeira namorada
e do beijo roubado no cinema
e que deu até cadeia...
- Num seriado de mais beijos molhados
no escurinho do mesmo cinema
e quase que a minha alma queima...
Jequié, Jequié.
minha primeira estrada
sudoeste do meu sertão
norte de minhas trilhas,
de Astro que Brainer e que brilha
e histórias-vivas do Raimundão...
E se busco, Jequié,
aqui ou ali...
Reencontro Salomãos & Wallys
nos teus versos, de pronto!
Jequié,
serás sempre meu primeiro tema
lugar onde despertei à vida
das e nas poesias e dos poemas
e ao vê-la alegre à minha lida sofrida
fez, faz-me sorrir e esquecer meus dilemas...
Jequié,
minha história se funde e infunde com a tua glória!
Jequié,
oceano profundo, mas que sempre dá pé!
Fernando Peltier
18/10/2009
In memorian de Augusto Peltier, no seu Dia do Médico.