Mel

Meu corpo sente fome

Enquanto a solidão consome

Só pretensão, vaidade.

De um espírito que anseia a verdade.

Vida louca, insana, inexorável...

Trilha insegura, infinita e miserável.

Minha alma tem o conhecimento infinito...

O corpo ilude... Torna mito.

Dias, tardes, e noites...

Rasgam minha carne como açoites

Dor amarga e sem motivos...

Sem tréguas... Sem alívio...

Quem espera o céu...

Não sabe como é doce o mel...

Só provando o fel... Seu oposto...

Que o mel revelará o seu gosto.

Sem pensar lanço-me num vazio

Onde a tristeza parece um rio...

Que indo de encontro ao mar

Doce e salgado irá misturar.

De quando em quando me sinto satisfeito...

Pois a dor lancinante que invade o peito

Obriga meu espírito a se superar

Até q um dia enfim... Minha alma possa voar.

Skellotto
Enviado por Skellotto em 05/07/2006
Código do texto: T188023