Limbo

Será minha vontade um engodo

Um desafio outro

Que não posso sobrepujar?

Que vontade é essa,

Que divide à navalha?

Parte lega-me pressa

Outra: calma canalha.

Temo os sonhos agora,

Sou refém da demora

No desejo de acordar...

O passado acompanha

As visões da aurora.

Novamente, minh’alma sonha...

É sonho ou vontade

Meu ou d’outra deidade

Esta prisão sem grade?