SEM DESATAR OS NÓS


Em terras estranhas
pensamentos em sobressalto,
deparo-me com muros altos
e frieza tamanha.

Busco o sonho perdido
num coração não minado,
olhar que não esteja marejado
apontado à rota do riso.

Sempre sigo por margens desconhecidas,
nos perigos desta viagem,
alma escondida da vida
fechando em mim a passagem.

Vagante de muitas luas
e suas fases no tempo,
nos becos escuros das ruas
ouço sentimentos em lamentos.

Segui auroras de sóis
embalando o berço do amanhecer,
Eu, tantas vezes a morrer
sem desatar os nós...

Quanto chão terei de percorrer
para advir o aprendizado?
Quantos corpos terei abraçado
antes de cada renascer?

Quanta escuridão terei que vencer
até acordar iluminado?...



18/07/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/10/2009
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