Vida nova ao passado novo (Ao pobre Zé)

O Zé pintou, brincou e bordou

Fez a roupa mais bonita que ele achou

E se vestia diariamente com todos os seus acessórios

Brilhantes ou não para a roupa única

O Zé nunca teve a vontade de mudar o seu estilo

Mesmo com tantos bordados e agulhas formados

Ele fingia estar fantasiado de beleza e agonia

Ele nunca quis mudar de fantasia!

O Zé pensava que todos eram tolos

Mesmo com todas as suas magníficas pinturas

Fingiu que nem sabia desenhar

E sua pintura foi decadentemente desfeita

O zé começou a se desfazer

De tudo que ele teve feito

Até de vontades de desenhar e pintar

O rapaz quis extinguir

O zé parou de bordar

Parou de pintar e brincar

E até de fingir!

Porque tivera imaginado estar num filme cinematográfico

Ele parou de falar e de cantar

Foi quando a perdição o tomou

Nem ajudar a tentar quisera saber

Só fez aquilo que teve que ser feito

O pobre zé se massacrou

Se enchendo de esperança vazias e tolas

Onde ele só se perdia e perdia...

Só se perdia...

O pobre zé nem conseguiu perceber

Que toda sua pintura era apenas o que ele era

E não todo o mal que ele se fazia

E que se perdia e se perde na sua longa jornada

O Pobre zé se refez de esperanças

Depois que bordaram com todo o seu passado

Que a pintura se fez um belo quadro

Reavivando toda a sua magia

O Pobre Zé nem soube do mal que ele se fez

Esqueceu do seu eu e se perdeu no horizonte falho

E ele nem sabe que do mal que teve feito nele

Nem sempre pode voltar

Sim, Zé, você tem uma dádiva em mãos

Nas imaginarias pinturas da sua fabulosa vida!

Mas não se perca sempre, não se deixe nas mãos do incerto

Porque depender de você já é um caminho longo demais!

Iury

18-04-2009