Valentins e querubinas

Eu fui pra longe

Bem distante de uns braços

Quando outros logo me agarraram

E se prenderam em mim

Ah... aqueles braços sem fim

Tantos que nem pude contar

Me prendi em todos

E todos eles em mim

Confesso, me rendi às cegas

Aos amores mais amados

Ao mesmo tempo, num só corpo

’Valentins e querubinas’

Bebemos com pressa as promessas

Sem precisar cortar os punhos

E trancamos uns corações nos outros

Cada palma em cada mão

Porque tudo pode morrer amanhã

Então engolimos as bombas, barulhentos

Mostrando ao mundo nosso corpo vadio

E em um só, nosso coração pagão.

(Esse é pra vocês...

E vocês sabem quem são!)