Indefesa

Defendo meus cortes

Meu olhar indefeso

Minhas futuras rugas

Minha falta de bom-senso.

Defendo minha voz grosseira

Meu teste de insanidade

Meu sangue coagulado

Minha voz desesperada.

Defendo minha luz apagada

Os cigarros inúteis

Meus motivos bizarros

o desconforto do meu quarto .

Defendo minhas falhas

Meus medos

Meus dedos inquietos .

A dor aguda do tédio .

[Gritos e gritos que viram eco. ]

Sobrevoando o holocausto

Aos meus pés .. corpos exaustos

Na busca do meu nada ..

Nunca acham nada.

Será que não tem nada?

Sobrevoando em minha volta

Minha luz quase morta

Extermínio de sonhos

Escarro transtornos

Da minha alma perdida.

Já mal me defendo

Mas me mantenho:

A carne ainda é viva.

Rosalice
Enviado por Rosalice em 14/07/2006
Reeditado em 14/07/2006
Código do texto: T193627