O PERFUME DOS VERSOS

O PERFUME DOS VERSOS

Como algo mais

Num olhar infindo

Parado no degrade do verde

Prolongado até se perder no vento

O poeta se revela no impenetrável

Ele se reconhece no verso

E sente o perfume dos versos.

Vai ao infinito com as estrelas

Senta numa nuvem mágica.

E Pinta de azul todos os astros

Voando no sonho de Ícaro

Assim, escuta o silêncio.

O violino da saudade invade

Traz um canto lírico

Bem mais que um canto solitário

É um coro de anjos.

A poesia pinta de prata o luar

Rouba beijos das ondas

Joga espuma no breu

E pode iluminar o breu.

Provoca os insensíveis

E povoa desertos com flores

Aspira o perfume das flores

E bota perfume nos versos

Ah! Os poetas...

Eles transitam por luas

Deliram nas pontes

Sossegam na madrugada

Depois se embriagam sob um cobertor de beijos.

Fátima Almeida

Mary Fa
Enviado por Mary Fa em 14/12/2009
Código do texto: T1977134