Amores e desamores
Há quem diga que a chuva é triste,
Creio sim, coração enfadado vê o que nele existe.
Creio sim que o sol pode ser gelado se o olhar cair,
Triste como ver e ouvir pássaros e nem sequer sorrir.
Então o arrepio percorre o corpo, os braços, a espinha,
Animo das tardes frias, ao vento cruel, a neblina cinzenta,
Recordo e não sei se chorro, ou se rio ou se apenas ollho.
Saudosismo que recuso, enquanto igualmente ela caminha.
Caminha como eu, quado por ali passava. E não esta só.
Aventura e ventura. Amava o frio, porque sentia calor.
Porque haviam braços e beijos que o vento escondia,
Havia o medo, a adrenalina e a volúpia encrustada no pudor.
Nem me atrai o saudosismo, nem mais talvez a melancolia.
Épocas passadas, sonhos, e quantos!
Centenas! Coração nascente de insatisfações e buscas.
Ilusões, carinho, mas agora volto eu, de mãos vazias.
Há quem diga que o sol encomode e doa.
Creio e digo insistente, pra quem na alma só ha espinhos,
As flores caem, os frutos medram e a alegria ecoa.