Minha Música

Eu acabo sempre chegando aqui, nesse mesmo lugar

No início de tudo, no primeiro passo

Não sei ao certo se estou certo de estar certo

Mas esse miserável destino insiste em sobreviver

Andarilho das sombras, cuspe da boca desses deuses microacústicos

Esse ser desmaterializado sonha em deter meus impulsos criativos

Vai solfejando as canções tristes de perda e ausência

Mas quando olha nos meus olhos, sente queimar todo o corpo morto

... Sabe que não terá forças suficientes!

De degrau em degrau, vou logrando dias melhores

Ainda que tristezas maiores os cerquem

Eu posso voar cada vez mais alto, ao som da minha música

Ali sou livre... Livre... Livre até mesmo do mal, até mesmo da morte

No escuro é que a luz fica mais forte

No vazio é que se nota a presença!

Ignoro os abraços negados, os beijos não-amados

Olho pro alto, pra dentro... Livre, puro, feliz... Musicado!

... Poeta das noites longas e frias!