Elegia prozac+Anna 20mg.

Fluxo na onda sonora

ronda o disco da trilha sonora:

estou lisonjeado, só na aparência, ao observador:

digno-me à vida.

Valor do livro não é o conjunto dos versos

Engajados em palavra crua, meu eu pró

fritando a noite na palavra perdida.

Como grilhão repentinos espasmos ao cosmo

que se converte, na solidão, na redoma do desconhecido infinito,

onde me findo e me faço conhecer.

Do ocidente ao oriente hão de me ler.

Em seis bilhões abro minha franquia,

até mártir comum.

Sinta-se satisfeito: o notório ceifa toda saga

na morte do fôlego alexandrino

quebra o verso perfeito:

Teu rosto é mais belo que qualquer poema maldito.

Do ocidente ao oriente hão de saber disso tudo.

Almas não são versos únicos, culpas não são tão sacras,

meus eus tentam a fragmentação.

Jamais saberão o que sei depois de revisto e bem-vindo.

O nostálgico de um grupo.

Então saberei de você. Porque antes de tudo

e sobretudo eu li você.

Lembremos quando aos montes líamos a história do mundo

pela linguagem das estrelas.

Joelson Ramos
Enviado por Joelson Ramos em 25/07/2006
Código do texto: T201214