O TEMPO E O AMOR
 
     Eu lembro daquela vitrola
     que, ao Ray Conniff, tocava
     pra nós e todos amiguinhos
     da antiga e saudosa escola.
     Lembro que a gente dançava
     com os rostos coladinhos.
 
     Muitas promessas de amor
     cochichadas ao pé do ouvido
     causavam um frio na espinha.
     Sentia, com aquele tremor,
     nossos corações mais unidos...
     Eu sendo teu e tu sendo minha.
 
     Nossos sonhos tão pretensiosos,
     nos consumindo como chamas,
     bloqueavam toda nossa razão
     e imersos em beijos calorosos,
     não percebíamos os dilemas
     que provoca o fogo da paixão.
 
     E o tempo, alazão indomável,
     deixou pra trás os espetáculos,
     mostrando-se, da vida, detentor
     e assim, provou ser impossível,
     apesar de tantos obstáculos,
     fraquejar o nosso grande amor.
 
                          SP – 10/01/10
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 10/01/2010
Reeditado em 15/01/2018
Código do texto: T2022383
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