FRAGILIDADE
Quando nos deparamos
Com o nosso outro lado.
É revelada a fragilidade!
Fragilidade que institui
A oculta realidade do medo,
Do pânico, do lamento,
Do fracasso, da inconstância.
Revela-se a face da amargura,
A face cinza , sem cor.
A face do pânico, da dor interior.
Tenta-se fugir de si mesmo.
Fugir dos capítulos
Da novela de nossa vida.
Caminhamos contra o vento,
Caminhamos contra o tempo.
Vendavais destroem os nossos sonhos.
Pensamentos sempre pensamentos.
Desejos, saudades ficam presos
Na frágil vontade de continuar.
Luta-se como um animal feroz
Não permitindo ser devorado
Pelo monstro dos nossos temores.
Rasga-se, fere-se , grita sem voz.
Confronta-se a própria realidade.
Olho no espelho de minh’alma
Acovardo-me ver a minha verdadeira face.
Não sou um monstro
A quem queira pensar.
Não sou um monstro
Que a vida queira devorar.
Sou um homem!
Apenas um homem
Que tem sentimentos;
Chora, sofre, grita, ama, acalenta.
É acalentado, ama e é amado.