Expurgar

O poeta tem que expurgar de si tudo o que lhe atrapalha...

Como tocar fogo na palha, do que resta do capim,

Explodir a sua ultima granada, se for preciso assim.

Se assim não for ou se for algo mais,

Não mais será o poeta e o escritor tão voraz!

O meu único problema é expurgar o que me atrapalha

Já que é você, minha amada, que não me deixar escrever!

Para ser poeta eu teria que também ser um pouco triste,

Mas a infelicidade não existe já que eu tenho você!

E sendo assim abro mão das minhas palavras,

Guardo-as em bolsas fechadas para ninguém mais ler...

Se um dia eu as abrir será para escrever a minha ultima sentença,

Pois descerei lá na arena, para com a morte lutar!

E se não for por isso, um dia abro e te digo,

Não mais amo quem tanto eu vivi a amar!

Tudo o que eu escrevo pode não acontecer,

Pois, meu amor, eu sou poeta e eu nasci para escrever!

Igor Improta
Enviado por Igor Improta em 20/01/2010
Reeditado em 03/06/2010
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