RISCOS

Ao rabiscar o papel a esmo

Procuro versos simples,

Ocultos.

Palavras que não possam

Delatar-me,

Nem ao menos insinuar,

Que a pena destila

Falácias.

Confesso que nem sempre

É real

O objeto do poeta

Que singra no mar de papel,

A nau das peripécias e sandices.

Seria insuportável

Escrever de próprio punho,

A palavra que me trai.

KBÇAPOETA
Enviado por KBÇAPOETA em 26/01/2010
Código do texto: T2052612
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