LAURA LÁUREA

Laura no teu corpo

o vento passa

e se disfarça,

finge que agrada,

quando flutuas

qual bailarina,

que dança linda

num chão de estrelas.

Os meus olhos nos teus

não há distância,

quando sorris

é a canção dos ninhos,

o mundo se enleva

e o teu rosto revela

que habita sonhos

do melhor do mundo.

És feliz por ser assim:

um pouco tímida,

os cabelos compridos,

de grinaldas enfeitados,

ao vento desgrenhados.

Meiga, terma,

silenciosa e calma.

Poeta desde a infância.

Nasceu com a bruma de maio:

do céu que acariciava nuvens,

na paisagem de outono.

Basta uma palavra

e se desmancham

todas as mágoas.

No teu forte abraço

tenho a confiança

de que Deus existe.

Quando nasceste,

te acolhi nos braços,

e de repente

tu me olhaste

sentindo que sempre

nos conhecemos.

Laura, láurea,

prêmio, recompensa

vieste para vencer.

E tua alma inocente

já guarda segredos

no coração.

Ó meiga menina,

porque não ficas

sempre menina?

Feliz de mim

que te recebi,

herança boa,

precioso encanto

de minha alma rica.

José Luongo da Silveira
Enviado por José Luongo da Silveira em 30/07/2006
Código do texto: T205518