LAURA LÁUREA
Laura no teu corpo
o vento passa
e se disfarça,
finge que agrada,
quando flutuas
qual bailarina,
que dança linda
num chão de estrelas.
Os meus olhos nos teus
não há distância,
quando sorris
é a canção dos ninhos,
o mundo se enleva
e o teu rosto revela
que habita sonhos
do melhor do mundo.
És feliz por ser assim:
um pouco tímida,
os cabelos compridos,
de grinaldas enfeitados,
ao vento desgrenhados.
Meiga, terma,
silenciosa e calma.
Poeta desde a infância.
Nasceu com a bruma de maio:
do céu que acariciava nuvens,
na paisagem de outono.
Basta uma palavra
e se desmancham
todas as mágoas.
No teu forte abraço
tenho a confiança
de que Deus existe.
Quando nasceste,
te acolhi nos braços,
e de repente
tu me olhaste
sentindo que sempre
nos conhecemos.
Laura, láurea,
prêmio, recompensa
vieste para vencer.
E tua alma inocente
já guarda segredos
no coração.
Ó meiga menina,
porque não ficas
sempre menina?
Feliz de mim
que te recebi,
herança boa,
precioso encanto
de minha alma rica.