Poética

A Poesia caminha pela rua

destraida, desejeitada,

carregando pelas mãos qualquer coisa

Como um punhadinho de esperança

Ou fogo... que queima e renova;

A Poesia toma o metrô e desce

Do norte... Ao sul... E Para

No parador de todas as tardes;

Saindo pela direita e pela esquerda.

Com seu corpo largo abrasador

Cobriu toda a cidade, e a desmoronou

Desnorterada, a cidade se desintegra,

As pessoa correm desesperadas, e a

Poesia... Sorri com seus olhos cálidos

Que são como estrelas distantes... Chamas.

A Poesia transbordou as pessoas:

Os empresários se encontram em pânico

Oh, virus incurável da natureza humana.

Criação inconcebida de forma verdadera!

Somente os olhos cegos a vêem... Inaudita:

E ainda assim não ousam gritar seu nome.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 01/02/2010
Reeditado em 11/02/2010
Código do texto: T2062953