Hora do Adeus...

Os versos lançados... Os dados...
Mil cartas nas mangas... E os olhos ... Esses, num foco.
Paredes acesas... Para quem precisa delas...
Anel de prata... Argolas... E fitas nas alças...
O rosto, que desejas, em imagem que guardas na memória...

O poema é o que fica de bonito...
Das cores, o avental dos teus sonhos...
Do tempo, apenas as migalhas...
Dos riscos, as nossas falhas...

Risca-se o mundo... Com ações...
Molha-se a boca, com verdade... Verdade?
E a imagem foi sumindo... Olho e não vejo o visto...
Hora do Adeus... Dizem que ficam cinzas...
Não percebo o dito... Nem, tampouco, sinto...

Perde-se tanto tempo, nessa vida,  perguntando se fim ou início...

23:09