VERSOS MOLHADOS
Cacos de vidro ao rés da estrada
cortaram teus passos
e o rio manso que passava ao lado
abandonou seu leito.
Teu coração, caminho devastado,
não suportou as dores desse tempo
No inferno do dia após dia,
nada posso...
Que reza aplacaria tal sorte?
Que prece desviaria um destino?
Um grande nada.
Passado e futuro em um mesmo poço;
línguas de barro e o silêncio das flores.
Água que escorre molhando estes versos