Loucos todos
Loucos todos
Todos loucos pelas ruas,
Planaltos, planícies
Falando despautérios
Distribuindo ignomínias
Idiotizando relações
Idolatrando execrados
Exigüidade de pensamentos
Excrementos espalhados
Nos esgotos naturais a céu aberto
E os urubus passeiam livremente
Negros, absolutos, interessados
Na podridão do que não respira
Nem transpira pelo caos social
Anjos negros envoltos em vida
Buscando o que está morto
Alimentando-se de putrefação
Para terem vida.
Loucos. Louca vida de loucos mortos
Circulando, boiando...
Sou uma alma errante
Perdida neste universo
Nebuloso e decadente.