Loucos todos

Loucos todos

Todos loucos pelas ruas,

Planaltos, planícies

Falando despautérios

Distribuindo ignomínias

Idiotizando relações

Idolatrando execrados

Exigüidade de pensamentos

Excrementos espalhados

Nos esgotos naturais a céu aberto

E os urubus passeiam livremente

Negros, absolutos, interessados

Na podridão do que não respira

Nem transpira pelo caos social

Anjos negros envoltos em vida

Buscando o que está morto

Alimentando-se de putrefação

Para terem vida.

Loucos. Louca vida de loucos mortos

Circulando, boiando...

Sou uma alma errante

Perdida neste universo

Nebuloso e decadente.

Rosimere Ferreira
Enviado por Rosimere Ferreira em 02/08/2006
Código do texto: T207588