Por que?

O porque do por quê

não satisfaz minhas dúvidas

aumenta minha angústia

impotente me torno

mais triste fico.

Cresce um vazio

cheio de dor

que machuca meu peito

me deixa perdida

sem guarida.

Alimenta com fel

meu pensamento.

Olho no espelho

de mim mesma

só vejo amargura

no meu olhar

dureza na minha expressão

coisas do coração.

Ainda confusa

pelas respostas desnudas

insisto em saber

por quê?

Mesmo que jures amor eterno

tua boca denota teu silêncio

teu corpo o inverno,

meu inferno.

Avessa a todo sinal

busco

de qualquer jeito

o efeito de um talvez

que até acalmaria

como palhativo

meu ser inquieto

querendo teu ser entender.

Quero o alento

tento o conserto

do nosso caso de amor.

Em vão insisto

com essa luta solitária

poluída pelos sonhos meus

não teus.

Por quê?

Naiara Barbedo
Enviado por Naiara Barbedo em 02/08/2006
Código do texto: T207818
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