Poema paulada
Exalte aos céus e mares sua falsa satisfação
Vista as mentiras fúteis das alegrias transitórias
Cante sua vitória junto aqueles que te zombam
Beba e comemore o frio dessa solidão acompanhada
Seja mais um fantoche bobo dessa multidão deserta.
Seja, compre, consuma!
Vote, leia, saiba!
Ouça com atenção, acredite!
Corra em direção ao nada
Chegue á lugar nenhum.
Faça versos tolos e perfumados
Poemas maquiados e rimados
Cante a utopia das glórias impossíveis
Pague suas contas, sorria para câmera
Dance sem par essa canção sem ritmo
Seja o infeliz mais feliz dessa farsa.
Oculte seu medo nesse traje ridículo de herói
Não diga tudo o que pensa
Não pense em nada que diz
Assuma seu papel, sua pose, seu rótulo
Chore por sua morte, pois ninguém chorará.
Thiago Cardoso Sepriano