Meu jeito estranho de ser

Estou toda introspectiva

Muito “piegas” e emotiva

Correm soltos pensamentos controversos

Deslizam sorrateiros nos meus retrocessos

Que faço para sair dessa situação?

Ter o domínio da minha emoção?

Controlar esse ímpeto de vestir a solidão

De se trancafiar nos confins da desolação

Vozes surgem e me chamam irritadas

Encontram apenas portas fechadas

O silêncio a sangrar amarguras

Sentenciar desencontros e agruras

Em mim a dor aguda desponta

Rasga meu refúgio e desmonta

O alicerce frágil desse meu jeito de ser

O muro das lamentações que procuro esconder

Minha dor não cabe em seu pensamento

Nem eu quero feri-lo com meu sofrimento

Recolho os restos de minha alma despedaçada

E me amparo em você para prosseguir nossa jornada