A morte de um poeta

...e um dia, um poeta morreu.

Era tal o seu anonimato,

que ninguém se lembrou de chorar;

era tal a sua solidão,

que ninguém ficou para lhe velar;

era tal a sua insignificância,

que ninguém pensou em dizer algo inteligente;

era tal a sua penúria,

que foi enterrado como indigente.

Mas suas palavras lhe deram a fama,

lhe fizeram justiça, lhe fizeram popular.

Muito depois de anos após sua morte,

estas palavras passaram a vagar.

Falaram de amor, esperança, sonho, vida;

foi aí que se dignaram a chorar.

Pregaram o sentimento como uma dádiva de Deus;

foi quando se puseram a lhe homenagear.

E aquele poeta sem nome,

agora tinha uma história para se mostrar;

aquele poeta sem dinheiro ou poder,

a alguns dera algo com que pudessem lucrar.

Mas o que o poeta morto mais queria,

apenas suas palavras puderam lhe dar:

deram esperança a quem mais precisava,

deram luz e paz, e conseguiram ensinar a amar.

(Dedicados a todos nós, "poetas sem nome", mas cobertos de sentimentos, esquecidos pela parte majoritária do mundo...com todo o meu apreço.)

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 13/02/2010
Código do texto: T2086002
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