Poema de madrugada insólita e pátria solta
é de se saber
que a tarde é morta
no dia que a noite traz
à sua volta
noturno parecer
que trai a tarde
e estupra os céus de minha pátria
como a borboleta negra dos teus olhos
é de se saber
que o dia é vindo
quando a noite monta em madrugadas
nos corcéis infindos dessa pátria
castiça luz
que nem se sabe
amolgando os homens
que em vivos nascem
e se morrem em cedos
quase em tarde