Olhos e Pedras

Olhos e Pedras

Acho que sempre estiveram parados

Cravados em paredes de alguma cor

Que cor alguma me era percebida

Mas um dia

Eles passearam pela mesa dos poemas

E pousaram sobre lindas pedras

Pedras que nunca haviam cobrado coisa alguma

Apenas um pouco de atenção

E ao contemplá-las, sorriram-se

Como elas brilharam, incessantemente

Assim começou o amor dos meus olhos

Por aquelas pedras preguiçosas

Espalhadas pela mesa

Derramadas como lágrimas de boa nascente

E elas continuaram a nada cobrar

Apenas o melhor que os meus olhos

Podiam dar...

Juarez Florintino Dias Filho

Juarez Florintino Dias Filho
Enviado por Juarez Florintino Dias Filho em 21/02/2010
Código do texto: T2099124