A morte do poeta

Morreu o Poeta,

O Poeta-Maior!

Maior de Itabira,

Cidade ferrosa, pedrosa,

E, hoje, chororosa,

De dor e saudade:

Morreu o poeta,

O Poeta-Maior.

Maior das Gerais,

Em cujos anais seu nome gravou.

Maior do País,

Do Mundo, da Terra

Onde o corpo hoje encerra

A jornada da Vida

Modesta,

Sumida,

Que nem pareceu a de um grande poeta.

Imagino o Poeta,

Antigo, moderno,

Na Eternidade (que aqui já era eterno!)

E peço emprestados

Ao mestre Bandeira (não menos poeta!)

Os versos de Irene:

"Licença, meu branco..."

E São Pedro, bonachão:

"Entra, Carlos, você não precisa pedir licença!"...