Um Bêbado
Hoje eu bebi
Bebi feito um viciado
Na esperança de esquecer
Todo meu passado
Bebi por mim, bebi por nós
Bebi para o mundo
Bebi pelo mundo
Vomitava poesia
Vomitava lembranças
E meu vômito era
A morte da esperança
Do que me restava de sanidade
Hoje eu bebi
Bebi até cair
Na esperança de ser esquecido
E de esquecer
Bebi até cair,
Até esquecer quem eu era
Esquecer quem eu já fui
Um eu todo retorcido
Já não tenho sonhos
Não me resta esperança
Tudo que tenho é meu conhaque
E um vazio no coração