Veredas do Sertão
A cada manhã, através de um novo dia
Faço teu luto, ainda que nas alegres infinitas noites de carnaval.
Aqui, longe, furtivo das grades da rotina e de todo mal
Cresce a esperança de felicidade ou esquecimento total.
A cada roupa, em qualquer vestido e cheiro, tu vens,
Como se não bastasse a marginal tortura lembrança matinal.
Estupefato, vejo, não há fulga.
E fico só em meio ao silêncio, ao vento, ao sol e a seca
Na esperança de num dia, em qualquer esquina
A oportunidade de esquecer apenas o que quero,
E somente sentir saudades.