As luzes...

Fluir... Uma estrada doce... Perdida em uma memória...
As luzes aplicavam-se em olhos cristalinos... Paredes claras moviam-me em sombras... Saltos num futuro que passa...
O mover os ninhos... Complexo falho... O vento já fez esse trabalho...
As noites chegam bambas... Mas, são elas que tocam o arrepio que sai do céu da minha boca...
O espetáculo dita o rumo da madrugada... Eu... Tenho passos perdidos no foco que delineiam... Não meus... Apenas sigo o semáforo... Verde-claro.
As luzes... Às minhas referências... Às minhas reverências...
Dobro-me ao destino... Solavancos que me colocam no meu lugar.
Definidos os traços... Laçados os raios... Lançadas as cartas...
Danço... Em luzes de uma noite clara... Envolta em lenços que escondem as lágrimas...
Acho que durmo... Nas paredes... Assumo as bordas...


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