O DESCONHECIDO
Quedo-me derramado sobre os vales
para não afastá-los dos oiteiros.
Quero-me derramado sobre os homens
para afirmar a nossa afinidade.
Trago os membros decepados,
as faces esfoladas
e tento manter o amor.
Enquanto a paz não soa
quedo-me derramado
Há dois mil anos o céu tocou a terra árida da guerra,
é a agonia do mar a revolver seus mortos,
a eterna agonia do sangue derramado.
E quedo-me até quando?
“se há dois mil anos te mandei meu grito:
SOU CAMINHO, VERDADE, SOU VIDA”!