ALARME NA MADRUGADA
Um sensor disparado
Por um pardal no telhado
Elimina um sonho do sono
A insônia assume a alma
Rompe a tênue calma
Vira quase abandono
Tenta dormir num papelão
Esticado e frio no chão
Com uma blusa de travesseiro
Rola tentando dormir
Percebe que não vai conseguir
Levanta e vai ao banheiro
Bebe um copo de água gelada
Vai rompendo a madrugada
E nada do sono voltar
O sonho então nem se fala
Derrepente o relógio badala
Já é hora de trabalhar
Faz um café meio amargo
Toma um generoso trago
Pra ver se o dia melhora
Olha por cima do muro
O céu já não está tão escuro
O dia recomeça, e é agora.