Aos Mestres

Trago em mim um sorriso
De muito tempo atrás...
Trago o dedo de aviso,
O “não pode!”, o “não se faz!”...
Trago o giz arranhando o quadro...
Cada “parabéns!”, cada advertência...
O primeiro traço com esquadro
E por trás a ajuda, a experiência.
Trago a explicação passo a passo,
A paciência, a atenção, enfim,
Daquele olhar mirado no que faço,
Olhar de quem torce por mim...
Trago em mim as esperanças
Que estão plantadas no coração...
Adultos brincando entre crianças...
Trago em mim cada lição...
E tudo mais que aprender
Trarei sempre junto à lembrança
Desses que me permitem crescer
Sem deixar de ser criança...

Rio/Outubro/1995