Infinito

Porque somos finitos.

Talvez sejamos infinitos.

Qual a sua crença?

Podemos fazer a diferença

Quero ser diferente

Embora igual na condição

O além que agora chega

O difícil que não compreendo

A ausência da saudade

Do que não sei

Você sabe?

Olho as minhas mãos

Ancestrais

O caminho do amanhã

No silêncio dos meus olhos

Ouço o mormaço desta tarde

Arde

O fogo da querência

Ecos

Da voz que, calada,

Grita e suspira no meu peito.

Suspeito

Que ainda sou apaixonada

Que ainda caminho na mesma estrada

Asa. Borboleta, passarinho

Folha. Milho do mês de junho crescendo lá no quintal

Sol. Lua. Sol. Lua

Foi-se um mês, atrás do outro

Fui-me eu – a procura do que me preenche

Arrebol

Noite estrelada

Infinito

Passatempo

Nas minhas linhas

Ora escritas, ora emaranhadas

A minha vida

Transcrita em breves trechos

Que seus olhos lêem.

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 01/05/2010
Código do texto: T2230883
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