Vidros
Ver pelos vidros
E através das retinas mundanas
Despertar para um sono
De flores.
Não há mudanças
Nas linhas das minhas mãos
Pequenas borboletas na luz
Grandes mariposas sob meus pés
Flores:
Elas brotam, eu sou o broto
Sob sementes de pensamentos
Que verdejam à noite
Mormaço, silêncio
No terraço vejo a lua
No terreiro as sombras tímidas do
Meu ipê.