Poema do ócio

Poesia, estou em conflito...

Acaso liberdade seria,

do escritor, árduo exercício?

Ou na sociedade do ócio,

quiçá, mero capricho?

Ousadia... também quis ser sócio,

Cazuza me perguntou:

qual é o teu negócio?

Achei graça, afinal, até me enrosco

quando de poetar eu brinco...

A propósito, será que posso

desfrutar desse ópio,

fraqueza da carne,

mais forte que os ossos?

Declaro-me adicto,

dependente desse vício...

Não escrevo porque quero,

ou simplesmente, porque gosto

escrevo porque preciso...

A palavra não é meu ócio,

a palavra é meu ofício!

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 17/05/2010
Reeditado em 03/12/2010
Código do texto: T2263023
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