[Singular]

Entre tantas

neste bar,

a tua singular figura

de mulher!

Não, eu não sei achar

as razões da beleza

de teu rosto - és bela,

eis o fato mutável!

Torturo-me, reviro

a mente, e nada!

És bela - é só o que sei...

E perco-me em teu

olhar assim, oblíquo...

O bar se esvazia,

e segues teu caminho;

o nada avulta

por todo o bar;

e pior: avulta essa

tragédia de estar só.

[Penas do Desterro, 07 de novembro de 2009]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 22/05/2010
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T2271955
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