Autobiografia

Poeta do cotidiano

Cotidiano mundano que vivo a trilhar

Momentos, romances, tristezas, solidão

Escrevo, não canto, e se cantasse ninguem iria notar

Poeta da face oculta que vive de ternura

Sem ninguem a me atrapalhar

Atrapalhar meu casulo de um homem duro, nunca covarde

Com uma arma pronta a disparar

Casulo esse que um dia pretendo sair

Sair para o mundo para que possa me divertir

Divertir do jeito que eu sou

Não do jeito desse homem, nesse casulo que agora estou

Estou de modo desnorteado

Não sei direito o que é certo ou errado

É certo ser um ateu?

Em um mundo onde a maioria acredita em deus

Ou é errado ser crente

Andar pela cidade com uma biblía na mão

Mas sem ser nem um pouco decente

Me diz agora: você consegue entender?

Não vou levar para o lado religoso

Pois cada um tem seu gosto

Aqui é minha biografia

Um pouco da minha monotonia, uma poesia quem diria