(Contra)Tempo

Segundas, terças...fins de semana.

Acabam-se os dias, morrem as horas.

Neste relógio contam-se minutos, segundos e milésimos,

Conta-se o tempo perdido ou, talvez, ganho.

Lançam-me desconexa neste mundo perplexo...insensatez!

E o tempo vai e o tempo vem, descompassado, mas no seu ritmo.

Rendo-me! Paro por um instante...um século a mais

Cama e quietude são companheiras de meus tantos "ais".

Oro! Imploro ao tempo que voe depressa e traga-me a paz...

Nada...o tempo é silente, é dor ausente, é chaga aberta.

Tempo...qual contratempo é seu tormento de viver fulgaz?

Está cansado de ser cobrado: te querem pouco, te querem mais.

Lance teus ponteiros ao vento, encarregando-os de viver por ti

Insistente pedirei ao tempo que somente ele me faça sorrir.