Per Baco!

(Inspirado em "Vinho", de Jaymeofilho, daqui do recanto)

Foi como embriaguez,

Doce fogueira,

Inebriante e suave

A tua entrada na minha vida.

Pode ser que nunca devesses

Ter entrado assim,

Sutil e docemente

Como brisa de outono,

Refrigério no ocaso

De uma existência já fadada

À mediocridade do fim...

Mas quis Baco que,

Sabe-se lá porque obra,

Não devêssemos deixar passar

Nossas existências em vão

E pudéssemos, quase sempre

Em meio a eflúvios etílicos,

Ainda que bem disfarçados,

Compartilhar momentos

Nunca antes imaginados.

E per Baco!

Que haja sempre

Momentos assim

Cheios de magia, de lua,

De música, pão e circo,

Porque são esses os momentos

Que valem a pena ser vividos

Sem culpa e sem pensar

No dia de ontem ou no de amanhã!