Estranho Amor.

Amar em sua essência, a luz do mito,

Querer em sonho e fé toda importância,

Temer o amor em si, ser esperança;

Efêmera e perdida ao infinito.

Calar à força a voz de qualquer grito

Pedir que a dor alheia: doa mansa;

Tornar todo silêncio som e dança

E raso cotidiano em fausto rito.

Amar embevecido no lirismo

Saber que o sentimento deletério

É a farsa que disfarça o egoísmo

A trama destronou desejo velho,

A dama que devora em seus abismos:

Mulher. Quem saberá deste mistério?