DEVANEIO LITERÁRIO

Ao direcionar meu pensar para o passado

Vejo noites límpidas e estrelas em profusão

Sinto que são obras de uma ciência celeste

Que se dilatam no tempo e perpétua imensidão!

Meus pensamentos com ímpetos altívagos,

Se perdem inane, crendo que Deus fez a educação.

Poderia eu, no ápice de um devaneio,

Mesmo sofrendo as penas do algor,

Descobrir a face da ciência

Que desde criança anuncia um Criador,

Que em arcanos analectos me traduz,

O saber por meio de um sábio professor!

Bendigo-vos ó mestres primitivos

Pois incólumes vem vencendo a grande luta

Já que entre os povos, os arrenegos no ensino,

Se chocam numa acirrada disputa

Às margens de um hiperbório longínquo,

Desde a Grécia até Esparta, preparada para luta!

Num abismal ambívio sobrevivem

Os estudos para a boa educação,

A romana como um arpéu para o caráter,

Num catear fez dos mestres a seleção,

Freqüentando a Retórica, para na oratória,

Ter do governo, uma célere proteção.

As aguerridas revoluções burguesas,

Numa contemporânea transformação.

Da estremada idade moderna,

Veio o apático capitalismo em consolidação,

Tornando anacrônicas as tradições,

Para na mão de obra por a qualificação!

As reivindicações dos portentosos,

Trabalhadores que queriam estudar

Desejavam aprender, mesmo sendo só no pensamento.

Na escola e na vivência a inebriar,

Num ábalo, mediam os atos dos ricos

Para estudar juntos, sem se condenar.

E naquela guarda dada pelos governos,

O ensino público se tornou um devaneio,

Veio abrangendo desde a velha Alemanha

E na França encontrando forte esteio,

Onde a ignífera revolução aprimorou,

Dos romanos a ciência do Leguleio!

Advogados, pois, surgiram das toscas cinzas,

Com nova razão para não se distorcer,

Numa veraz e indelével mentalidade,

Desde o primeiro incunábulo a correr,

Manifestando que a educação,

Até num híade de estrelas estaria a conter.

No passado Rousseau teve idéias

Sem hégira, numa iátrica em união,

Que Pestalozzi pôs em prática contemporânea,

Esperando ter do aluno a atenção,

Que hialina seria a resplandecência,

E para o saber seria a grande aptidão!

Das dádivas de Deus que não podemos acantoar,

São deveras os novos conhecimentos,

Concedidas pela intelectualidade divina,

Com divícias aos humanos com alento

Para galgar a escada do saber,

Mesmo em anaclisias e aborrecimentos.

A educação é o símbolo do sentido,

Que dá ao pensador, maior clareza,

Mesmo numa ditografia estremada,

Aos empreendimentos humanos traz grandeza,

Enriquecendo com as raias do sucesso,

Ao aluno que portar essa riqueza.

Na escala de uma família real,

As esperanças no Brasil foram avivadas,

Formando um império de eminentes,

Para a liberdade almejada;

Mas logrou-se a tecnologia em 1864,

Porém cento e dezesseis alunos estiveram engajados!

Mas como um liberando, o país evoluiu,

Tendo apenas uma tênue esperança,

Já que os estudos se arrastavam em melania

O curso normal era só do mestre da criança,

Mas que ao adulto fazia retrilhar,

Nos caminhos de uma pátria em punjância.

Das lembranças dos conteúdos curriculares,

A humanidade era a complacência,

Porém nossa república não herdou do império,

Nem das salas de aulas a valência!

Somente de um ensino articulado,

Temos hoje alguma conseqüência.

Numa síntese piramidal para estas letras,

Encerro este poema sobre o tema Educação,

Mas posso de certa forma afirmar

Que desde a antiguidade ela é a real porção,

Que Deus tem dado como forma de conduzir

Os humanos inteligentes a uma contínua ascensão!

Poema extragramático composto a pedido de minha filha Leiliane

Luzirmil
Enviado por Luzirmil em 04/07/2010
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T2357270
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